Vicente Celestino – Luar do Sertão

Ofereço essa canção, nesta noite de luar,  a todos os que foram acusados injustamente, com denúncias infundadas, por semanários vendidos a soldo petista neste fim de semana.

Facebook Comments Box
Compartilhar

25 thoughts on “Vicente Celestino – Luar do Sertão

  1. Catulínico Mestre.
    E pensar que êste mesmo luar inspirou esta valyosíssima obra, pinthada por aquella bella, humilde e meyga figura. Ai, sodades!

  2. Magister, Comphrades,
    Eu pensava que a lettra da mhusyca era esta:

    Oh crueldade do muar que só nos ferra
    Com sorriso festejando, cara dura fanfarrão
    Esse muar d’integridade obscura
    Não tem aquela bondade, o muar do Barbosão!

    Não há, oh gente, oh não, muar como esse Barbosão
    Não há, oh gente, oh não, muar como esse Barbosão

    A Proba cria
    Nessa toga a valentia
    Que se lixe a falcatrua
    Faz bom uso do muar
    Enquanto a onça
    Lá na farra privateira
    Leva uma Vale inteira
    Fecha os olhos o muar

    Ai quem me dera
    Que encontrasse logo o çerra
    Malfeitor da minha terra
    Enquadrado de uma vez
    Trancafiado numa sela pequenina
    Onde a fraude da propina
    Chora a sua viuvez

    1. Xerrriara,

      Só mesmo um poeta, daqueles mais atrevidos…
      Aqueles que, diz Leminski. são os “filhos amados da língua”!

      Uma curiosidade: o muar tira fogo da calçada com o rampão da ferradura?

      1. Doce Vivi
        Que susto! Na primeira passada li “filhos armados da língua”. Upha!

        Para ti, dele,

        INVERNÁCULO
        Esta língua não é minha,
        qualquer um percebe.
        Quem sabe maldigo mentiras,
        vai ver que só minto verdades.
        Assim me falo, eu, mínima,
        quem sabe, eu sinto, mal sabe.
        Esta não é minha língua.
        A língua que eu falo trava
        uma canção longínqua,
        a voz, além, nem palavra.
        O dialeto que se usa
        à margem esquerda da frase,
        eis a fala que me lusa,
        eu, meio, eu dentro, eu, quase.

        1. Efusivo confrade

          Eu me referia à letra de “Luar do Sertão”. Nota-se nela um manejar sublime de nossa Língua. Aconselho-vos -- perdoe-me este atavismo -- a prosseguir nessa senda iluminada da Poesia.
          Quanto a Leminski, conheci-o pessoalmente numa tertúlia em Curitiba. É poeta digno de respeito e admiração, dúvida não há.

          Amplo amplexo

  3. Confrades

    Coisa boa ouvir os “erres” vibrados de forma tao magnifica, eita portugues classico dos homens de benz!

    E tenho dito

      1. Revoltadíssima Vivi (e com razão),

        Eu ainda estava nos embalos de sábado a noite, o vinho chegou à metade da garrafa, o frio quase não se sentia mais, as toadas tão apropriadas, que na nostalgia das melodias levavam-me através dos tempos, há décadas atrás e quase todos os males saíam do meu corpo, mas agora acordei com uma toada diferente, nem quero me dar ao devaneio de pousar o rato e dar um page up, pelo jeito só down mesmo para este resto de domingo.

  4. Casa do Paulista
    Chiquinha Gonzaga

    Vosmicê diz que sabe tudo
    E fica mudo
    E assuntano no país
    E nos brasis que há três ano
    É soberano
    Sô dotô Óoxinton Luis

    É no fremoso palacete
    Do catete
    Vosmicê nunca viu a cô
    Nem oiô tar frumigueiro
    Traiçoeiro
    Dos engrossa-aduladô

    Pruquê farta um ano e meio
    De entremeio
    Para o só se arretirá
    E lá de Minas choca o ninho
    Seu Tonihho
    O maió que manda lá
    A tar casa é dos paulista
    Que têm crista
    Vencedô nas ileição
    E em caminho virá preste
    Dotô Júlio Preste
    Que é amigo do chefão

    Lá na casa do paulista
    Tá na lista

    E nenhum bota seu pé
    E o mineiro tem seu leite
    Que deleite!
    Os paulista têm café

    Na sacola dois proveito
    Num dá jeito
    E atrapáia de espantá
    Pois na casa do paulista
    Que tem crista
    Um sozinho há de mandá!

  5. Seresteiros e seresteiras

    Precisamos aumentar nossa vigilância! É o preço a pagar pela eterna liberdade dos Homens de Bem!
    Não podemos tolerar tamanha afronta!
    Vade retro! Uma canção de guerrilheiros búlgaros-paraibanos neste sítio sacrossanto!
    Porém, há entretantos, e muitos, mas vou procurar ser como a volta de cipó de arueira:
    Não podemos largar a mão do bonde da História para dar coxinha aos tróleis! Ou milho aos pombos, como gosta de fazer meu neto, Raulzito. E a História vai de Metrô – civilizadamente pagando a condução a quem se deva, e mais a algum outro -, não há mais lugar para reboque de mulas neste tempo de ligeireza de comunicações.
    Mas conforta-me saber que o vigilante e iluminado Mestre Hariovaldo, o Excelso Motorneiro, está a fazer as devidas correcções nas normas e diretivas de segurança.
    Para embalar seu trabalho incansável, dedico-lhe pois esta vibrante canção de nossa Pátria-Mãe.

    http://www.youtube.com/watch?v=BDBXVbxXX80

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *